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Relatório da ONU aponta Brasil como líder global em homicídios

Relatório da ONU aponta Brasil como líder global em homicídios


O Brasil registrou 47.722 homicídios em um único ano, o equivalente a 10,4% dos assassinatos ocorridos no mundo, segundo o Estudo Global sobre Homicídios 2023, divulgado pela ONU. Embora o país ocupe a 11ª posição global em homicídios per capita, com 22,38 mortes por 100 mil habitantes — quase quatro vezes a média global de 5,8 —, lidera em números absolutos.

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De acordo com o relatório, foram registrados 458 mil homicídios em todo o mundo no ano analisado, superando, em quatro vezes, as mortes causadas por conflitos armados e terrorismo juntos. A cada hora, 52 pessoas foram assassinadas no planeta.

Além do Brasil, países como Nigéria (44.200 homicídios), Índia (41.330), México (35.700) e Estados Unidos (22.941) figuram entre as nações com os maiores números absolutos de homicídios. O levantamento utilizou dados de 2021, embora algumas informações sejam de anos anteriores, devido à disponibilidade de registros em cada país.

A América Latina e o Caribe concentram 27% dos homicídios globais, tornando-se a região mais violenta do mundo. Contudo, entre 2017 e 2021, houve uma redução de 14% nos assassinatos, com exceção de países como Equador, Nicarágua e Panamá, que apresentaram aumento nos índices.

Nas Américas, 75% dos homicídios são cometidos com armas de fogo, enquanto na Europa e na Ásia o uso de armas de fogo corresponde a 17% e 18%, respectivamente.

Os homens representam 81% das vítimas de homicídio globalmente. Porém, as mulheres são as principais vítimas de violência letal praticada por familiares ou parceiros íntimos, respondendo por 66% dos assassinatos nesses contextos.

Outro dado preocupante revela que 15% das vítimas de homicídios (71.600 pessoas) eram crianças. Assassinatos de defensores de direitos humanos, jornalistas, líderes comunitários e trabalhadores humanitários compõem 9% do total global.

O relatório atribui parte do crescimento dos homicídios às consequências econômicas da pandemia de COVID-19 e ao fortalecimento de gangues e do crime organizado. Globalmente, essas organizações foram responsáveis por 22% dos assassinatos, percentual que salta para 50% nas Américas.

“Esses números são um lembrete sombrio de nosso fracasso coletivo em cumprir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que incluem reduzir significativamente todas as formas de violência até 2030”, declarou Ghada Waly, diretora executiva da UNODC.

Desde o ano 2000, cerca de 9,5 milhões de pessoas foram vítimas de homicídios no mundo, superando, em muito, os números de mortes por terrorismo (340 mil) e conflitos armados (1,5 milhão) no mesmo período.

O relatório da ONU enfatiza a necessidade de políticas públicas efetivas, baseadas em evidências, para reduzir a violência letal no mundo. Segundo especialistas, o enfrentamento da desigualdade, pobreza, violência de gênero e fortalecimento do sistema de justiça são elementos essenciais para reverter o cenário atual.

“O estudo é um alerta para que governos adotem medidas urgentes que salvem vidas e reduzam as desigualdades que alimentam essa crise global de violência”, concluiu Waly.



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