Segundo as Escalas de Urgência publicadas no Portal do SNS, às 15h15 desta sexta-feira, está previsto na região de Lisboa e Vale do Tejo que no sábado estejam abertas nove urgências de Obstetrícia e Ginecologia e no domingo sete.
Nesta região, vão estar fechadas no sábado três serviços de urgência destas especialidades e no domingo serão quatro.
Assim, no sábado estão fechadas as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais São Bernardo, em Setúbal, Hospital Vila Franca de Xira, Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, aos quais se junta no domingo o hospital das Caldas da Rainha.
No Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, este serviço de urgência está referenciado, ou seja, encontra-se apenas reservado às urgências internas e aos casos referenciados pelo Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM e pela linha SNS 24.
Nos hospitais Santa Maria, em Lisboa, e no Hospital Garcia de Orta, em Almada, serão recebidos apenas os casos encaminhados pelo CODU.
Na região Centro, encontra-se fechada a Urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Santo André, em Leiria, e no Algarve está encerrada a urgência de Ginecologia de Portimão.
De acordo com as escalas, vão estar também encerradas no fim de semana as urgências pediátricas no Hospital de Chaves, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e no Hospital Nossa Senhora do Rosário — Barreiro.
No Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e no Serviço de Atendimento Complementar de Pediatria do Hospital de Viseu as urgências de Pediatria vão estar referenciadas.
No passado fim de semana, o Serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) era a único a receber grávidas na cidade Lisboa, tendo realizado cerca de 60 partos, um número acima da média, e atendeu cerca de 400 grávidas, o dobro do habitual, segundo a instituição.
Contactada esta sexta-feira pela Lusa, a ULS São José, que integra a MAC, afirmou ter “as equipas dotadas com os recursos considerados necessários e suficientes para dar a melhor resposta, cumprindo a dotação mínima considerada segura para o funcionamento dos serviços”.
Ressalvou, contudo, que “a pressão acrescida que se prevê para os próximos dias tem impacto não só nos recursos humanos, mas também na ocupação do espaço físico, que é limitado, e no aumento do tempo de espera para as situações não urgentes”.
“A MAC trabalhará, como é habitual, contando com o elevado espírito de missão e profissionalismo das suas equipas e de forma articulada e coordenada com outras instituições de saúde e com a Direção Executiva do SNS”, sublinha numa resposta escrita.
A Direção Executiva do SNS apela à população para “ligar sempre para a Linha SOS Grávida (808 24 24 24) antes de se deslocar a um serviço de urgência de Ginecologia”.
Segundo dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) avançados hoje à Lusa, a Linha SNS Grávidas, que faz parte do SNS 24, atendeu 16.141 chamadas, entre os dias 01 de junho e 26 de julho, sendo que 8.268 chamadas se referem às triagens realizadas no mês de junho.
Em dois meses, cerca de 2.490 utentes foram referenciadas para os cuidados de saúde primários e 11.209 para os serviços de urgências hospitalares, refere a SPMS, indicando ainda que 246 foram referenciadas para o INEM.
Os dados indicam também que mais de 13,5% das grávidas foram aconselhadas a ficar em autocuidados.
Quanto ao número de atendimentos realizados pelo SNS 24 nos primeiros oito meses do ano, os dados referem que totalizaram 1.875.56, menos 9.493 relativamente ao período homólogo de 2023.
Segundo os números, 610.941 utentes foram reencaminhados para urgências hospitalares e 461.379 para os cuidados de saúde primários.