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Bolsonaro presta depoimento na PF sobre importunação a uma baleia

Bolsonaro presta depoimento na PF sobre importunação a uma baleia


O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento nesta terça-feira (27) à Polícia Federal em São Paulo.

Ele é investigado por uma suposta importunação a uma baleia jubarte em São Sebastião, no litoral norte do Estado de São Paulo.

O ex-presidente explicou toda a situação à Polícia Federal, segundo o advogado de defesa, Daniel Tesser.

Para ele, Bolsonaro não teria importunado o animal.

“Ficou claramente constatado, assim como no primeiro parecer do Ministério Público, que não houve importunação, não houve nenhuma das hipósteses do tipo penal que estão querendo imputar (ao Bolsonaro) em razão do avistamento da baleia. Você não consegue controlar um animal daquele tamanho que emerge debaixo da água. Então é exatamente o aconteceu. (Bolsonaro) tomou todas as precauções a partir do momento que avistou a baleia. Que é o que a lei determina e foi cumprida. Ele também nem sabia que tinha essa proibição, mas mesmo assim, tomou todos os cuidados necessários para não ter moléstia ao animal”, explicou o advogado. 

O caso ocorreu em junho do ano passado. Bolsonaro se aproximou de jet ski, com o motor ligado, de uma baleia jubarte no momento em que ela aparecia na superfície da água.

Ele teria ficado a menos de 15 metros de distância do animal. Vídeos do caso foram publicados nas redes sociais.

Uma portaria do Ibama proíbe embarcações com motor ligado a menos de cem metros de qualquer baleia.

O ex-assessor e advogado de defesa de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, estava no passeio de junho e também prestou depoimento.

O advogado dele, Eduardo Kutz, destacou que o caso deve ser arquivado e registrou o recebimento da cópia do depoimento.

“A advocacia sai com depoimento feito. Está aqui o depoimento. Quanto aos esclarecimentos, da mesma forma, foram todos prestados. Esclarecidos. Aguarda-se agora que o inquérito seja relatado e encerrado, como nem deveria ter sido iniciado”, diz o advogado. 

A apuração vai definir se Bolsonaro desrespeitou a lei que proíbe “qualquer forma de molestamento intencional”, ou a importunação de baleias.

A punição prevista é dois a cinco anos de reclusão e multa. 



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