O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso novamente nesta sexta-feira.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a prisão após novo depoimento prestado por Cid, na sala de audiência da corte.
Entre os motivos estão o descumprimento de medidas cautelares impostas a Cid e por obstrução de Justiça. Após ser comunicado da prisão, ele foi encaminhado ao IML para realização de exames. Depois disso, ele será apresentado à Polícia do Exército, que ficará com a custódia do tenente-coronel.
Cid foi chamado a prestar esclarecimentos depois de a revista Veja publicar áudios em que o militar critica a atuação de Moraes e da Polícia Federal.
De acordo com a revista, Mauro Cid disse que foi pressionado pela PF a delatar fatos dos quais não tinha conhecimento. O auxiliar de Bolsonaro disse que a investigação teria uma “narrativa pronta”, só aguardando o momento de “prender todo mundo”.
O militar fez uma colaboração premiada no inquérito que apura fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro. Cid também cooperou com o inquérito sobre a tentativa de golpe planejada pelo alto escalão do governo de Jair Bolsonaro. O tenente-coronel foi para prisão domiciliar após a delação.
Em comunicado, a defesa de Mauro Cid não negou a autenticidade do áudio. Os advogados disseram que as falas “não passaram de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal”, do militar.
* Com informações da Agência Brasil