A vacinação contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, em crianças com menos de um ano melhorou no Brasil em 2023, de acordo com o Unicef, agência da Organização das Nações Unidas que trata da infância.
Das 16 vacinas indicadas para o público infantil, 13 tiveram aumento na cobertura vacinal, incluindo aí a da pólio, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Esses números foram divulgados nesta terça-feira (23).
O Unicef fez o levantamento com base em dados do Ministério da Saúde. No ano passado, de 2,4 milhões de crianças nascidas no Brasil, 150 mil ficaram sem receber a vacina. Já em 2022, 243 mil não receberam a primeira dose contra a pólio.
A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, disse que o país está no caminho certo, mas é preciso levar a vacinação para além das unidades de saúde.
“Também ultrapassar os muros, os limites as Saúde, das unidades básicas de saúde, pra alcançar outros espaços, onde as crianças e famílias estão, muitas vezes em maior vulnerabilidade, como escolas, CRAS e outros equipamentos sociais”.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a saúde da família e a busca ativa pelas crianças não vacinadas devem ajudar a completar a imunização do público. Ela comemorou a melhora nos números, após anos de queda.
“A saúde da família foi enfraquecida e, com isso, ao lado de todo o negacionismo, especialmente no último governo, mas que continua presente. Então, quando nós falamos de virada, é uma virada com muita luta. É uma virada que devemos, sim, celebrar”.
Nísia Trindade citou, entre outros imunizantes infantis que melhoraram a cobertura, as vacinas contra rotavírus, hepatite A e febre amarela.