Os blocos de carnaval atraem milhares de pessoas todos os anos para as ruas do Rio. Mas, por trás da alegria durante os dias de folia, tem muito trabalho o ano todo.
As oficinas musicais são um exemplo desse empenho. Ná Chuva, professora e coordenadora da oficina de percussão do Bloco do Sargento Pimenta, que mistura ritmos brasileiros aos clássicos dos Beatles, explica que as aulas começam depois do Carnaval, utilizando um método de ensino destinado a todos os públicos, até para quem nunca tocou um instrumento.
Ela ressalta que as oficinas são importante, não só para os dias de folia, mas também para o futuro profissional dos alunos.
A relação de Camila Suizane, nascida e criada em Oswaldo Cruz, berço do samba, começou quando ela ainda era criança, na interação com os tradicionais Bate-Bolas. Mais tarde, conheceu a oficina do Sargento Pimenta. Depois disso, já tocou em vários blocos, como o Mulheres Rodadas.
Apaixonada pelo Carnaval, ela avalia que a festa também é um ato político.
A médica e foliã Carla de Fátima Guimarães toca saxofone. Conta que depois da pandemia de covid-19 foi a um pré-carnaval e se apaixonou pelo ritmo da bateria, que representa o coração dos blocos e das escolas de samba.
A previsão da Prefeitura carioca é que sete milhões de pessoas aproveitem o Carnaval na capital fluminense, nos desfiles do Sambódromo, na Intendente Magalhães, no Terreirão do Samba, nos bailes populares, e no Carnaval de Rua, com blocos e megablocos.