Neste 8 de março, o presidente francês, Emanuel Macron, prometeu lutar para expandir o direito ao aborto para toda a União Europeia. Macron falou em uma cerimônia que marcou a inclusão do direito ao abordo na constituição francesa. A medida foi aprovada com folga no parlamento na segunda-feira (4). “Hoje não é o fim da história, mas o início de uma luta”, disse ele, prometendo atuar para fazer alteração semelhante na carta da União Europeia. A tarefa é difícil, já que exigiria apoio unânime de todos os vinte e sete países do bloco.
Uma investigação apresentada hoje, no conselho de direitos humanos da ONU, aponta que o governo do Irã foi responsável pela morte da jovem Mahsa Amini, que se transformou em símbolo da luta contra a repressão às mulheres e provocou protestos dentro e fora do país. Em setembro de 2022, ela foi presa por não usar o hijab de forma adequada e morreu sob a custódia da polícia da moralidade iraniana. A investigação da ONU aponta que a causa da morte foi violência física. O Irã sempre negou agressões, afirmando que Amini passou mal.
As Nações Unidas alertaram as autoridades do Taliban no Afeganistão que as proibições à educação e ao trabalho das mulheres estão colocando o país em maior risco de pobreza profunda e isolamento internacional. Segundo a ONU, a economia afegã encolheu 27%, e o desemprego dobrou desde a tomada do poder pelo Taliban, em 2021. Quase 70% dos afegãos vivem abaixo da linha da pobreza.
Na Irlanda, a população foi às urnas neste 8 de março votar em um referendo que propõe a retirada de frases sexistas da Constituição do país, escrita em 1937. Uma delas fala que através da vida dentro do lar, a mulher fornece suporte ao estado. Outra, determina que as mães não sejam obrigadas, por necessidade econômica, a se dedicar ao trabalho em detrimento de seus deveres dentro de casa. Na Irlanda, até 1973, as mulheres ficavam proibidas de trabalhar quando se casavam.
* Com informações da Agência Reuters
