Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Despesas com saúde cresceram 10,3% no segundo ano da pandemia de covid

Despesas com saúde cresceram 10,3% no segundo ano da pandemia de covid


As despesas relacionadas à saúde no Brasil cresceram nos dois primeiros anos da pandemia de covid-19, totalizando mais de R$ 872 bilhões só em 2021. Essa quantia superou em mais de R$ 100 bilhões os gastos de 2020, mas representou uma fatia menor do Produto Interno Bruto: 9,7 contra 10,1%.

As informações são da Conta-Satélite de Saúde, pesquisa do IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, a Fiocruz, a Agência Nacional de Saúde Suplementar e o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas.

Ao contrário do que possa parecer, o levantamento mostra que o consumo de bens e serviços de saúde caiu no primeiro ano da pandemia. Como todos os esforços estavam concentrados em combater a emergência sanitária, muitos procedimentos eletivos deixaram de ser feitos. Mas em 2021, o comportamento foi outro, como explica a analista do IBGE, Thassia Holguim

“Quando a gente compara com o restante da economia, a gente vê que o setor saúde cresceu 10,3%, em termos de volume, e o restante da economia cresceu 2,3%. Isso se deve à essencialidade dos bens de saúde. Se, num primeiro momento, as pessoas deixaram de consumir por conta da pandemia, em 2021, elas precisaram retomar as consultas, as cirurgias que não podiam mais ser adiadas, e o próprio consumo de medicamentos também impactou, do ponto de vista das famílias”, analisa.  

A ocupação de mão de obra no setor também cresceu nos dois anos: quase 2% em 2020 e 5,1% em 2021. Mas houve diferença entre os setores que mais contrataram como explica Thassia.

“Em 2020, em relação a 2019, a gente vê que a saúde pública, por exemplo, teve uma variação positiva de 7%, enquanto que a fabricação de produtos farmacêuticos aumentou 4,9%. Já a saúde privada cresceu só 0,2%. Já em 2021, chama atenção o crescimento dos postos de trabalho na saúde privada, que foi de 10,8%, e a fabricação de instrumentos de material médico, que cresceu 7,1%”, compara.  

No panorama internacional, o Brasil teve gastos com saúde proporcionais ao PIB semelhantes à média dos países da OCDE. No entanto, quando se considera apenas a participação do governo, a proporção de 4% só não foi menor que a do México. Além disso, em todos os países, houve aumento dos gastos do governo em 2020, e na maioria deles, esse investimento também subiu em 2021. Já no Brasil, houve queda da participação pública no segundo ano da pandemia, assim como no México e no Chile.



Link da fonte aqui!