Uma força-tarefa criada pelo Governo do Rio de Janeiro trabalha para retomar a produção de água no Sistema Imunama-Laranjal. A suspensão já dura mais de 48 horas e afeta quase dois milhões de pessoas na região metropolitana.
O sistema foi paralisado na quarta-feira (3) após ser identificada contaminação do manancial por tolueno, substância produzida na fabricação da gasolina e que pode causar danos à saúde se ingerida ou inalada.
Moradores das cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e da Ilha de Paquetá, na cidade do Rio, estão sem abastecimento. São Gonçalo precisou suspender as aulas da rede municipal nesta sexta-feira. Em Niterói, 16 unidades ficaram sem aulas.
Caminhões-pipa estão sendo enviados para atender os serviços essenciais. O Procon-RJ informou que está monitorando a demanda e oferta de água nos estabelecimentos para verificar se há prática abusiva com aumento injustificado dos preços.
Segundo o governo do estado, o plano de ação tenta conter o derramamento do poluente no Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na baixada fluminense.
Maquinário cedido pela Cedae e Petrobras, que participa da Força-Tarefa, vai realizar a sucção da substância. Uma barreira foi instalada no canal onde foi constatada a contaminação, o que reduziu o índice de tolueno na água. Mas técnicos avaliaram que será necessário fechar o acesso de um outro canal onde também há indício de derramamento do produto.
De acordo com a Cedae, exames laboratoriais vão determinar o retorno da operação no sistema Imunana-Laranjal. A captação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para o consumo.
A polícia civil abriu investigação para identificar os responsáveis pelo vazamento.
