Policiais federais acusados de suposta participação na chamada “Abin paralela” vão ser investigados pela Controladoria Geral da União.
O órgão abriu processos administrativos disciplinares contra dois agentes e um delegado por faltarem ao trabalho mais de 60 dias, entre 2021 e 2022, enquanto estavam cedidos à Abin, Agência Brasileira de Inteligência. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (11).
Marcelo Araújo Bormevet e Felipe Arlotta Freitas são agentes da Polícia Federal e estão suspensos das funções por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Os dois estão sob investigação no inquérito que apura uma estrutura paralela montada na Abin para monitorar adversários políticos e autoridades durante o governo de Jair Bolsonaro.
O terceiro alvo dos processos da Controladoria é o delegado Eliomar da Silva Pereira. Ele atuou no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações da Abin, durante a gestão de Alexandre Ramagem.
O prazo de conclusão dos processos administrativos é de 60 dias, e podem ser prorrogados pelo mesmo período.
Nós procuramos as defesas dos acusados, mas não conseguimos contato até o fechamento desta reportagem.
