Quase duas semanas depois que o governo do Equador invadiu a embaixada do México, em Quito, capital equatoriana, o presidente Lula disse que considera o ato “inaceitável” e cobra um pedido de desculpas do governo do Equador, liderado por Daniel Noboa.
“O que aconteceu em Quito, no último dia 5, é simplesmente inaceitável e não afeta só o México. Diz respeito a todos nós. Um pedido formal de desculpa, por parte do Equador, é o primeiro passo na direção correta. A gravidade da situação nos impõe o dever de expressar claramente um inequívoco repúdio da região ao ocorrido”.
A declaração foi dada nesta terça-feira (16), durante a Cúpula Virtual da CELAC, Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. Lula disse estar triste pela motivação do encontro, onde os líderes discutiram a invasão da embaixada do México, no Equador.
Aos demais líderes, no encontro virtual, o presidente brasileiro também avaliou como “positivo o recurso do México à Corte Internacional de Justiça”. Na última quinta-feira, o México acionou a corte, pedindo que o Equador seja suspenso da ONU, Organização das Nações Unidas, por causa da invasão.
Na sexta-feira passada, o governo mexicano anunciou o “rompimento imediato” das relações diplomáticas com o Equador. Para o presidente do México, Andrés Manuel, o episódio foi uma “violação flagrante do direito internacional e da soberania do México”.
No último dia 5, policiais equatorianos invadiram a embaixada mexicana, na capital do Equador, Quito, e prenderam o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas. O político estava abrigado no local e, depois, o México concedeu asilo político a ele, aumentando a tensão entre os países.