Perfis bloqueados do X, antigo Twitter, continuam realizando transmissões ao vivo e interagindo com usuários brasileiros. Isso é o que diz um relatório parcial da Polícia Federal (PF) aberto para investigar o empresário norte-americano e dono do X, Elon Musk.
Os investigadores relataram que usuários investigados no inquérito das milícias digitais que moram nos Estados Unidos, como Allan dos Santos, Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, e que tiveram ordem judicial para terem suas contas bloqueadas, continuam disseminando informações falsas através de suas lives de transmissão, chamadas de “Spaces”.
O levantamento, realizado no início deste mês, também mostra que eles interagem com usuários brasileiros nessas transmissões.
O empresário Elon Musk e sua rede social X foram incluídas no inquérito das milícias digitais no início do mês, após Musk declarar, na própria rede social, que desobedeceria restrições impostas pela justiça brasileira.
Ele também acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de trair a Constituição e o povo brasileiro.
Após os ataques de Elon Musk, Moraes foi o principal citado em um relatório produzido por congressistas norte-americanos do partido Republicano. Eles acusam o ministro brasileiro de censura de 150 contas no X acusadas de disseminar notícias falsas.
Em um evento no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, Alexandre de Moraes, afirmou que a Justiça eleitoral tem combatido a manipulação das redes sociais, mas não citou Musk diretamente.
Após a divulgação do relatório por congressistas norte-americanos, o STF declarou, em nota, que todas as decisões tomadas pela corte são fundamentadas e que as pessoas afetadas têm acesso aos autos.
