Ao CM, o criador diz que teve a ideia ao ver a familiar perder gradualmente a sua independência. “Quis contar esta história de forma a que as pessoas se sintam parte da família, que assume o papel do cuidador, e que tem de enfrentar aquele momento terrível: quando o ente querido deixa de nos reconhecer”, explica João Brás.
“A ação decorre na Madeira, de onde sou natural, e as imagens são belas, mas a história, conto-a de forma crua e sem poesia. Não romantizei a doença”, acrescenta. No papel titular, Teresa Faria dá corpo a uma mulher cujo cérebro vagueia já por locais misteriosos. “Conhecia-a de outros trabalhos, sabia que me podia dar o que pedia – aquele olhar vazio que tanto nos comove”, revela João Brás, que, para o elenco principal, foi ainda buscar os atores Diogo Tavares, Gabriel Pacheco e Christelle Caboz.