Uma central para distribuir alimentos para as cozinhas solidárias do Rio Grande do Sul foi lançada nesta sexta-feira (24). O objetivo é garantir que todas as cozinhas, que hoje atendem abrigos de atingidos pelas enchentes, sejam abastecidas regularmente.
A cerimônia foi na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em Porto Alegre, onde se instalou uma cozinha solidária. Dali saem refeições para mutirões de limpeza na cidade, como diz o fundador do movimento A Fome Tem Pressa, Rogério Daló, que comanda a cozinha.
“Hoje, por exemplo, desde segunda-feira nós estamos todos os dias alimentando Sarandí. Lá temos mutirões, tem mais de 500 famílias voltando, limpando casas e não tem jeito de fazer comida nas casas. Então, a gente tem estabelecido uma rotina, nós botamos 250, 280 marmitas, mais um grupo complementa com mais 100, e a tardezinha com mais 300 sanduíches”.
A ideia é que a central funcione como uma mini-seasa das cozinhas solidárias do Rio Grande do Sul: identificar a necessidade de cada cozinha, quais estão com excesso de ingredientes e quais estão em falta e assim fazer uma distribuição mais racional.
A central de abastecimento vai atender cerca de 400 cozinhas no estado diz o coordenador do fórum estadual de segurança alimentar e nutricional Juliano de Sá.
“Nós estamos falando de algo em torno 400 cozinhas solidárias comunitárias. Esse potencial hoje, sem dúvida nenhuma, já passa de torno de 40 mil refeições diárias. De pratos de comida feito, seja no café da manhã, seja no almoço, no café da tarde e no jantar”.
O governo federal vai apoiar a proposta com a contratação dos Correios para a logística de abastecimento das cozinhas no estado.