“Como parte de um aumento humanitário global do Foreign Commonwealth and Development Office, Moçambique recebeu um montante adicional de 7,55 milhões de libras (quase nove milhões de euros) para o seu programa humanitário “, afirmou a embaixada do Reino Unido, em comunicado.
O apoio está garantido, pelo menos, para aos próximos três anos, sendo o seu reforço justificado pelo conflito armado que o país regista no norte de Moçambique e pelas catástrofes naturais que enfrenta ciclicamente.
“As pessoas mais vulneráveis estão a suportar a maior parte do fardo destes acontecimentos e por isso queremos chegar a estas pessoas com uma assistência adequada e atempada”, frisou a Alta-Comissária do Reino Unido em Moçambique, Helen Lewis, citada no documento.
O apoio, a ser disponibilizado através de organizações não-governamentais, será aplicado em ações de antecipação e na preparação para catástrofes ou deslocações, bem como no fornecimento de certidões de nascimento e de bilhetes de identidade nacionais a pessoas vulneráveis.
“A expectativa é que o aumento permita chegar a mais 250.000 pessoas durante os próximos três anos e proporcionar um financiamento previsível aos parceiros existentes”, acrescenta-se no documento.
A província de Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma insurgência armada com ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico, incursões que já provocou mais um milhão de deslocados e uma crise humanitária no norte do país.
O país é também considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.