O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou neste sábado (25) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por supostamente falhar em negociar com o Hamas a libertação de Michel Nisenbaum, de 59 anos, que foi morto pelo grupo terrorista após os ataques de 7 de outubro de 2023. Ainda na sexta-feira, Israel anunciou que o corpo de Nisenbaum havia sido resgatado após operação das Forças de Defesa de Israel (FDI) na quinta-feira (23).
“O Hamas executou o refém brasileiro e Lula, mais uma vez, não foi ouvido (se é que ele se empenhou) pelos seus amigos terroristas”, disse Bolsonaro ao compartilhar uma declaração de Lula sobre o conflito no Oriente Médio. No sábado, o petista afirmou que Israel “continua matando mulheres e crianças” na Palestina.
“Também quero pedir para vocês uma solidariedade às mulheres e crianças que estão morrendo na Palestina por conta da irresponsabilidade do governo de Israel, que continua matando mulheres e crianças. E a gente não pode se calar diante das aberrações. A gente não pode deixar de ser solidário. Porque amanhã a gente vai precisar de solidariedade”, disse Lula em Guarulhos (SP).
Apesar de não citar o brasileiro no evento de sábado, Lula lamentou a morte de Nisenbaum na sexta-feira (24). “Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisenbaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele”, declarou Lula em seu perfil no “X”.
Ao site Poder360, a família de Nisenbaum disse que estava decepcionada com o petista e que ele “não ajudou” no resgate.
Na mesma publicação, Bolsonaro lembrou o caso da ex-deputada e ex-senadora Ingrid Betancourt. Em 2002, ela foi sequestrada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e mantida refém em cativeiro na selva colombiana até 2008. Ele criticou o Foro de São Paulo, fundado em 1990 por Lula e pelo ex-presidente de Cuba Fidel Castro.