O Ministério da Saúde acredita que os casos de leptospirose podem chegar a 1.600 no Rio Grande do Sul.
Isso, em razão das enchentes que atingiram os municípios gaúchos nas últimas semanas.
O número é quatro vezes maior do que o total de casos da doença ao longo do ano passado no estado, que foram 400.
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (29) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em Porto Alegre.
Segundo ela, ao menos cinco pessoas já morreram por causa da leptospirose, que tem tratamento.
“Há tratamento para a leptospirose e por essa razão nós recomendamos, eu queria enfatizar isso, que não se espere a confirmação do diagnóstico. Temos testes, o laboratório central está processando esse material, é importante isso para que a gente conheça a realidade, mas o tratamento ele se dá a partir do momento que se verificam os sintomas. Está havendo atendimento de saúde e é fundamental também, naturalmente, para que as pessoas não se automediquem”.
A leptospirose é uma doença causadas por bactérias presentes na urina de roedores, como ratos, e adquirida pelo contato com água ou solo contaminados.
Na fase inicial, os pacientes podem ter febre de 38°C ou mais, dor nas costas ou na panturrilha e conjuntivite.
Os sinais de gravidade podem aparecer na segunda semana, com tosse, sangramentos ou insuficiência nos rins.
A ministra da Saúde manifestou ainda preocupação com a covid e a gripe causada pelo vírus influenza.
“Elas são frequentes essa época do ano. Elas são uma preocupação adicional nos abrigos. Então, de novo, a questão da moradia. Sendo que nos abrigos é importante dizer que está sendo feita vacinação para a influenza e começa a ser feita também a vacinação da covid com a vacina atualizada que o Ministério da Saúde está disponibilizando em todo o país”.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, até agora dois milhões de doses de vacinas já foram aplicadas no estado e quatro milhões de doses entregues pelo ministério.
*Com informações da Agência Brasil