Não substituição por avião caça moderno poderá pôr em causa “soberania e integridade” do espaço aéreo de Portugal.
Sérgio A. Vitorino
01:30
O ministro da Defesa, Nuno Melo, começou esta quinta-feira a ouvir o chefe da Força Aérea reforçar que Portugal está a “ficar para trás” ao não avançar para a substituição dos caças F-16 pelos F-35 de quinta geração; e terminou o dia a disparar munição real – a 50 km da fronteira com o altamente militarizado enclave russo de Kaliningrado – de, entre outras, uma espingarda de assalto G3 que os militares portugueses usam desde a Guerra do Ultramar, há 60 anos, e que no caso dos Fuzileiros apenas está bem modernizada porque em 2019 o então comandante dessa tropa especial, Nobre de Sousa, ‘queimou muitas pestanas’ a estudar a melhor atualização com o irrisório valor que lhe foi dado.Nuno Melo foi visitar as duas Forças Nacionais Destacadas na Lituânia, no âmbito do esforço da NATO no Báltico. Na missão de policiamento aéreo, com quatro F-16, a partir da base aérea de Siauliai, o chefe da Força Aérea, Cartaxo Alves, reforçou a urgência de que esses caças “têm 30 anos”, a sua substituição já “demoraria 10 anos a chegar” e fica em causa a “soberania e integridade do espaço aéreo nacional”, numa altura em que todos os parceiros de Portugal já migraram para o F-35. Mas foi na missão dos Fuzileiros, na floresta junto a Klaipeda, que Melo testou o seu tiro com armas automáticas, após a demonstração dos militares.
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