O advogado Ralph Tórtima, representante da família Mantovani, voltou a solicitar acesso às imagens do Aeroporto de Roma, onde uma confusão envolvendo a família, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seu filho, Alexandre Barci, ocorreu no ano passado.
“Da mesma forma, requer-se a elaboração de perícia”, afirmou Tórtima na ação protocolada no STF nesta terça-feira, dia 4. Ele especificou que a perícia deve se concentrar nos momentos em que Alexandre Barci se aproxima dos investigados, esclarecendo “se ele realiza gesticulações ofensivas ou mesmo se realiza algum ato de agressão, principalmente em relação ao investigado Roberto Mantovani.”
Além disso, Tórtima solicitou que a perícia “evidencie o tratamento dado a essas imagens, desde o primeiro momento em que foram entregues a uma autoridade brasileira, apontando se houve respeito à preservação da higidez desse material, pontuando as providências adotadas para a preservação da chamada cadeia de custódia nos momentos em que manipuladas por agentes da Polícia Federal (PF).”
Na noite de ontem, após o delegado Thiago Severo de Rezende assumir o caso no lugar de Hiroshi Sakaki, a PF decidiu indiciar os Mantovani, mesmo tendo optado por não seguir esse caminho em fevereiro. No relatório mais recente, a PF não havia encontrado elementos suficientes para tal.
Rezende, no entanto, concluiu que os Mantovani cometeram crime de calúnia, com agravante por ter sido praticado contra funcionário público. Ele também atribuiu à família os supostos crimes de difamação e injúria, mas sem indiciamento nesses casos.
