Os investigadores analisaram os registos de 121 terramotos, entre 1991 e 2023, e dados de testes nucleares soviéticos, franceses e americanos. Os dados foram transformados em sismogramas (registo da movimentação do solo) e analisaram como as ondas sísmicas se espalharam pelo planeta. Assim, foi possível estimar a posição e tipo de rotação do núcleo interno, formado por ferro e níquel.
“Desacelerou pela primeira vez em muitas décadas”, disse John Vidale, líder da investigação, que acredita que a desaceleração pode dever-se ao atrito com o núcleo externo, composto de metal líquido. Este processo é essencial para a vida na Terra, pois produz um efeito de dínamo que gera o campo magnético terrestre, que protege o planeta da radiação cósmica. Uma das consequências da desaceleração poderá ser o encurtar dos dias, em frações de segundo.