“Temos, pois, uma liderança fundada na consistência, na estabilidade, na honra à palavra dada. Manter-me-ei sempre assim. Sou, pois, recandidato com convicção, com espírito de missão, com orgulho e responsabilidade”, declarou.
Bolieiro, que preside ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) desde 2020, falava esta terça-feira na apresentação da recandidatura à liderança do PSD/Açores, na sede do partido, em Ponta Delgada.
O social-democrata considerou o “diálogo e a concertação política e social” como “indispensáveis à estabilidade” num contexto de “geometria variável” na Assembleia Regional.
“É bem sabido que a minha liderança e a do PSD na coligação (PSD/CDS-PP/PPM) e na governação dos Açores não tem uma maioria absoluta no parlamento. Pude demonstrar, com humildade democrática, disponibilidade para o diálogo e concertação”, reforçou.
Questionado sobre a possibilidade de acordos com o CDS-PP e PPM para as próximas autárquicas, Bolieiro lembrou que as alianças pré-eleitorais estão previstas no acordo de coligação, mas realçou que a decisão cabe às estruturas partidárias concelhias.
“Há, obviamente, nos termos do acordo da coligação a aposta em projetos políticos municipais e de freguesia que possam ser ganhadores credíveis e confiáveis, mas essa decisão, no final do dia, é das estruturas respetivas”, ressalvou.
Bolieiro, que lidera o PSD/Açores desde 2019, evocou as “imensas dificuldades” sentidas pela governação regional nos últimos anos devido ao legado deixado pelos executivos do PS e ao “contexto global e nacional”.
“O meu foco não é a minha permanência no poder. Eu nunca fui focado no egoísmo protagonista da minha pessoa, mas sim do meu espírito de missão de servir o desenvolvimento dos Açores”, salientou.
O recandidato a líder da estrutura regional social-democrata disse “acreditar fortemente” que o desenvolvimento dos Açores pode beneficiar da “posição geoestratégica” da região, defendendo a aposta na “ciência, tecnologia e inovação”.
“Os Açores foram sempre considerados na base da sua posição geoestratégica em função da geografia e da condição territorial terrestre. Falta acrescentar — e é este o grande desafio do nosso futuro — à capacidade territorial terrestre a capacidade territorial espacial e marítima”.
Já sobre os indicadores sociais do arquipélago, José Manuel Bolieiro sinalizou que existem problemas que são “dificuldades de gerações” e apontou a educação e a saúde como “grandes prioridades para o elevador social”.
“Sob a minha liderança, a coligação (PSD/CDS-PP/PPM) é coesa, firme nos seus propósitos estratégicos e consolidou políticas públicas assertivas na dimensão da mudança de paradigma que estamos a realizar. Eu sou pessoa de compromissos e de honrar a palavra”, acrescentou.
As eleições para a liderança do PSD/Açores vão decorrer no próximo sábado e o congresso regional deverá acontecer de 25 a 27 de outubro.
O congresso regional do partido estava previsto para 21 e 22 de setembro, mas, por coincidir com as datas do congresso nacional, José Manuel Bolieiro revelou que a intenção é alterar a reunião magna para outubro.