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Foram registrados quase 84 mil estupros, no Brasil, no ano passado

Foram registrados quase 84 mil estupros, no Brasil, no ano passado


No ano passado foram registrados quase 84 mil estupros no Brasil, de acordo com a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira. Um aumento de 6,5% em relação a 2022 e um novo recorde para esses casos. No comparativo com o início da série história, em 2011, quando ocorreram mais de 43 mil e oitocentos casos, houve um aumento de mais de 91% nesses crimes.

As principais vítimas continuam sendo meninas, mais de 88% dos casos. 52% são negras e mais de 61% têm no máximo 13 anos. O crime de estupro de vulnerável, aqueles em que as vítimas são menores de 14 anos ou incapazes, responde por 76% das ocorrências em 2023.

A prevalência de estupros de crianças e adolescentes na faixa de 10 a 13 anos, ficou em quase 234 casos para cada 100 mil habitantes, seis vezes superior à média nacional. No caso de bebês e crianças de 0 a 4 anos, a taxa chegou a 68,7 casos por 100 mil, também superior à média no país.

A coordenadora do Observatório Latino-americano de Justiça em Feminicídio e do Grupo de Pesquisa sobre Violência de Gênero, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cristiane Brandão, nota que esses números ainda podem estar subnotificados, ou seja que não são informados à justiça.

A pesquisadora ainda destaca, e a nova edição do Anuário mostra, que a maior parte dos agressores, 84%, continuam sendo familiares ou conhecidos, que cometem os crimes nas próprias residências das vítimas, em mais de 61% dos casos: “Os país, os avós, padrastos, irmãos, tios, sobrinhos que continuam sendo acobertados pela família.”

Cristiane Brandão também observa que o aumento nos registros pode indicar maior conscientização por parte das vítimas e familiares.

As maiores taxas isoladas dos crimes de estupro entre os estados estão na região Norte e Centro Oeste. O estado de Roraima lidera, com 112 casos por 100 mil habitantes, Rondônia, com 107, Acre, com 106, Mato Grosso do Sul, com 94, e Amapá, com 91 por 100 mil.

Em relação aos municípios, Sorriso, no Mato Grosso, lidera a lista com taxas de ocorrência acima de 100 casos por cem mil habitantes., seguido por Porto Velho, em Rondônia, Boa Vista, em Roraima, e Itaituba, no Pará.



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