“Cristãos, saiam e votem! Vamos resolver isto! Só desta vez, não terão de o fazer mais, meus queridos cristãos. Vamos deixar tudo tão bem que não vão precisar de votar.” Palavras enigmáticas de Donald Trump, proferidas sábado à noite no Minnesota, num encontro com jovens conservadores e que estão a agitar a campanha das presidenciais norte-americanas, de 5 de novembro.
O candidato republicano não esclareceu o que queria dizer ao certo, mas Kamala Harris não vê outra interpretação que não seja “uma promessa para acabar com a democracia”. “Quando a vice-presidente Harris afirma que, nestas eleições, está em jogo a liberdade, di-lo seriamente. A nossa democracia está a ser atacada pelo criminoso Donald Trump”, lê-se num comunicado emitido pela campanha da candidata democrata. O texto recorda a tentativa de reverter os resultados eleitorais de 2020 e o consequente ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando Trump afirmou que “os resultados eleitorais deviam ser anulados”.
Na sua intervenção no Minnesota, Trump dedicou a parte inicial do seu discurso à religião. “Estou aqui convosco graças ao poder da oração e à graça de Deus. Recuperei, acabei de tirar o último penso da orelha”, disse o candidato republicano. Inicialmente, o FBI admitiu a possibilidade de ter sido um estilhaço que atingiu a orelha de Trump. Mais tarde, em comunicado, esclareceu que se tratou mesmo de uma bala.
PORMENORES
ataque
Trump diz que Kamala é “a vice-presidente mais incompetente, mais impopular e de extrema-esquerda da história da América”.
Vagabunda
“Vagabunda” e “falhada” foram outras as expressões usadas pelo candidato republicano quando se referiu a Kamala Harris.regresso
O ex-Presidente vai voltar aos comícios ao ar livre, com segurança reforçada, após o ataque a tiro de 13 de julho, na Pensilvânia.