O bilionário Elon Musk intensificou suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decisão do magistrado de suspender o acesso à rede social X (anteriormente conhecida como Twitter). O empresário, que é dono da Tesla e do próprio X, utilizou sua plataforma para acusar Moraes de interferir diretamente nas eleições presidenciais de 2022 no Brasil, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma disputa acirrada com Jair Bolsonaro (PL).
Musk afirmou haver “evidências crescentes” de que Moraes teria atuado para influenciar o resultado das eleições, descrevendo a ação como uma interferência “séria, repetida e deliberada”. Segundo ele, pela legislação brasileira, tal ato poderia resultar em até 20 anos de prisão.
Além disso, Musk acusou ex-funcionários da plataforma X de serem “cúmplices” de Moraes, sugerindo que esses colaboradores teriam auxiliado o ministro em suas supostas manobras. “Lamento dizer que parece que alguns ex-funcionários do Twitter foram cúmplices em ajudá-lo a fazer isso”, declarou Musk.
As acusações de Musk vêm em meio a um cenário político delicado no Brasil, onde o Judiciário tem atuado muitas vezes de maneira controversa contra a disseminação de desinformação e discursos considerados por esse poder como “antidemocráticos”, especialmente nas redes sociais. Alexandre de Moraes, por sua vez, tem sido uma figura central nesse tema, o que o tornou alvo de críticas de apoiadores de Bolsonaro e, agora, de Elon Musk.
O embate entre Musk e Moraes representa um capítulo a mais nas tensões entre grandes plataformas de tecnologia e governos ao redor do mundo, que buscam regular o conteúdo disseminado online para garantir a integridade dos processos democráticos. Até o momento, o ministro Moraes não se pronunciou sobre as acusações do empresário.