A defesa do ex-assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais Filipe Martins intensifica contatos com autoridades dos Estados Unidos para solucionar o caso que levou à sua prisão em fevereiro deste ano. Martins foi acusado de integrar uma suposta comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro à Flórida, em dezembro de 2022, no contexto de uma tentativa de golpe de Estado.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prisão após a Polícia Federal encontrar, no computador do tenente-coronel Mauro Cid, um arquivo que supostamente incluía o nome de Martins como integrante da comitiva. No entanto, a defesa argumenta que o registro de entrada nos EUA foi falsificado.
Provas Apresentadas e Investigação nos EUA
Durante os seis meses em que ficou preso, Martins apresentou documentos que comprovariam que não viajou aos EUA, como recibos de Uber, bilhetes de passagens aéreas e um documento oficial do governo norte-americano.
“Estamos com uma investigação ativa junto às autoridades competentes nos EUA para entender como os registros falsos de Filipe Martins foram criados”, afirmou a defesa.
A equipe jurídica de Martins mantém diálogo com parlamentares e autoridades nos EUA, buscando esclarecer o caso. Recentemente, o senador Marco Rubio, nomeado por Donald Trump para secretário de Estado, se reuniu com advogados do ex-assessor para discutir a falsificação dos registros.
Implicações e Avanços
Apesar de avanços, o caso segue sem resolução. A defesa aponta que os prejuízos à imagem de Martins e à sua família são irreparáveis. A busca pela verdade envolve autoridades dos EUA e questiona a base das acusações que sustentaram sua prisão no Brasil.