Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de ab0rt0 ao Cremesp

Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de ab0rt0 ao Cremesp


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual prestem esclarecimentos sobre a suposta entrega de informações sensíveis de prontuários médicos ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). O despacho, expedido nesta terça-feira (3), fixou prazo de cinco dias para que as manifestações sejam apresentadas.

Apesar de reconhecer a competência do Cremesp para fiscalizar a atuação médica, Moraes proibiu o compartilhamento de dados pessoais de pacientes que realizaram abortos. A medida ocorre em um contexto no qual o conselho investigou e suspendeu registros de profissionais envolvidos em práticas irregulares relacionadas ao procedimento.

Conselheiros federais ouvidos pela Gazeta do Povo afirmam que o poder fiscalizador do Cremesp pode estar ameaçado, a depender das decisões do Judiciário. Há anos, o órgão apura e pune médicos que realizam abortos fora dos casos permitidos pela legislação. No Brasil, o aborto é tipificado como crime no Código Penal, sendo isento de punição apenas nos casos de estupro, risco de vida da gestante ou anencefalia do feto, conforme decisão do STF de 2012.

A decisão de Moraes foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1141, que suspendeu resolução do Conselho Federal de Medicina sobre a prática abortiva de assistolia fetal. O procedimento, criticado por ser considerado desnecessário e doloroso, envolve a interrupção da gravidez em fetos com 22 semanas ou mais.

Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) abriu, em 19 de novembro, um inquérito para investigar possíveis acessos indevidos a prontuários médicos pelo Cremesp. A denúncia partiu do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), que alegou perseguição contra médicas suspensas após vazamento de informações confidenciais.

O Cremesp foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou até o fechamento desta edição. Atualizaremos a matéria assim que houver posicionamento oficial.



Link da fonte aqui!