O governo Lula comemorou amplamente o acordo comercial firmado nesta sexta-feira (6) entre o Mercosul e a União Europeia (UE), durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu, Uruguai. O pacto é considerado pelo atual governo como um marco nas relações entre os dois blocos, consolidando a União Europeia como o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com um volume de comércio bilateral de US$ 92 bilhões (R$ 552 bilhões, na cotação atual) em 2023.
“Estamos criando uma das maiores áreas de comércio do mundo, reunindo mais de 700 milhões de pessoas. Conseguimos preservar nossos interesses, permitindo a implementação de políticas nas áreas de saúde, agricultura familiar, ciência e tecnologia”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em discurso após o anúncio.
O Planalto avalia que o acordo trará benefícios para a modernização da indústria brasileira, ao integrar o país às cadeias produtivas europeias. Além disso, o governo acredita que o pacto dinamizará os fluxos de investimento estrangeiro direto, área em que a União Europeia já detém quase metade do estoque no Brasil.
“Estamos assegurando novos mercados para as nossas exportações e fortalecendo os fluxos de investimentos”, completou Lula.
O governo Lula também projeta um fortalecimento das instituições regionais a partir do acordo. O pacto com a UE deve acelerar a inserção internacional do Mercosul, abrindo espaço para que outros países ou blocos econômicos busquem entendimentos semelhantes com os sul-americanos.
“A expectativa é de que o acesso preferencial obtido pelo bloco europeu gere interesse de terceiros em negociar novos acordos com o Mercosul”, afirmou uma fonte do Planalto.