O mercado financeiro elevou pela 13ª semana consecutiva a previsão de inflação para 2025, que deve atingir 5%, conforme o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. O índice supera novamente o teto da meta, fixado em 4,5%, marcando o terceiro ano seguido de descumprimento.
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Para conter a alta de preços, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já indicou que os juros básicos devem permanecer elevados ao longo do ano. Atualmente em 12,25%, a taxa Selic pode chegar a 15% até junho e permanecer nesse nível até dezembro, de acordo com projeções do relatório.
O primeiro grande teste de Galípolo no comando do Banco Central será a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 28 e 29 de janeiro. Analistas esperam que o colegiado aumente os juros, reforçando o compromisso de trazer a inflação para níveis mais próximos à meta.
Em uma carta recente ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Galípolo explicou a estratégia:
“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê ajustes de mesma magnitude nas próximas reuniões, dependendo da evolução da dinâmica da inflação e das expectativas do mercado.”
O mercado projeta uma melhora gradual nos índices de inflação e juros a partir de 2026. Veja as estimativas:
- 2025: Inflação de 5% e juros de 15%;
- 2026: Inflação de 4,05% e juros de 12%;
- 2027: Inflação de 3,9% e juros de 10,25%;
- 2028: Inflação de 3,5% e juros de 10%.
Apesar da previsão de redução no aperto monetário, o crescimento econômico deve continuar moderado. O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,02% em 2025 e registrar variações entre 1,8% e 2% nos anos seguintes.
A cotação do dólar deve permanecer em R$ 6 até 2026, segundo o Relatório Focus, com leves oscilações previstas para os anos seguintes: R$ 5,82 em 2027 e R$ 5,88 em 2028.