A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, apresentou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). A ministra acusa o parlamentar de fazer declarações ofensivas e de cunho misógino contra ela nas redes sociais. Além da ação criminal, Gleisi pede uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil.
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Na petição, a defesa da ministra argumenta que Gayer utilizou a rede social X (antigo Twitter) para disseminar ataques machistas contra Gleisi. Segundo o documento, ao qual o portal Metrópoles teve acesso, o deputado teria distorcido uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e insinuado que o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) — que é namorado da ministra — teria “oferecido” Gleisi para os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
A publicação, que alcançou milhares de visualizações e compartilhamentos, teria amplificado a exposição da ministra e dos demais citados, agravando o impacto das ofensas, de acordo com os advogados de Gleisi.
Na ação, os advogados da ministra afirmam que as falas do deputado extrapolam a liberdade de expressão e configuram crime. Para a defesa, as declarações reforçam um ambiente de violência política de gênero.
“A conduta do querelado atenta não apenas contra a ética, o respeito e a urbanidade esperada de qualquer cidadão, como é vil ao diminuir a condição de uma mulher que exerce um cargo público de grande relevância, o que constitui ação criminosa e aumenta não somente o clima de violência política, mas a misoginia em um ambiente que deveria prezar pela igualdade em todos os sentidos”, argumenta a defesa da ministra.