Parlamentares do Partido Novo apresentaram uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, por suposta promoção pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma peça de divulgação institucional.
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A denúncia, assinada pelos deputados Adriana Ventura (Novo-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS), Gilson Marques (Novo-SC), Ricardo Salles (Novo-SP) e pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), acusa Gleisi de violar o princípio da impessoalidade ao divulgar, em suas redes sociais, um vídeo associando diretamente o nome de Lula a um novo programa de crédito consignado do Governo Federal.
No material, publicado em 23 de março de 2025 e posteriormente apagado, a ministra aparece dizendo: “Apertou o orçamento? O juro tá alto? Pega o empréstimo do Lula”. Para os parlamentares, a frase configura “uso indevido da máquina pública” e antecipa de forma velada a campanha eleitoral de 2026.
“A Constituição é clara, a publicidade institucional deve servir ao interesse público, não à promoção pessoal de autoridades”, declarou a deputada Adriana Ventura, líder do Novo na Câmara. “O que vimos no vídeo da ministra Gleisi Hoffmann é uma tentativa descarada de antecipar a propaganda eleitoral.”
A peça jurídica protocolada junto ao TCU sustenta que a campanha fere o artigo 37, § 1º, da Constituição Federal, que veda a promoção pessoal de agentes públicos em peças de comunicação do governo. Os parlamentares também citam jurisprudência do próprio tribunal, segundo a qual mesmo conteúdos divulgados em redes sociais pessoais devem respeitar os limites da impessoalidade quando tratam de ações oficiais.
O conteúdo apagado foi resgatado e anexado à representação. Os autores pedem que o TCU apure o caso e adote medidas cabíveis para coibir práticas semelhantes. Até o momento, Gleisi Hoffmann não se manifestou oficialmente sobre a denúncia.