Estudos recentes mostram que ficar sentado por horas seguidas é um dos grandes vilões do coração. E esse é justamente o comportamento de grande parte da população mundial, que cumpre longas jornadas de trabalho no computador e outros tipos de atividade laborativa, ou mesmo em frente à TV.
Esse é um alerta para a saúde pública mundial, uma vez que o sedentarismo pode aumentar o risco de problemas musculares e doenças como a obesidade.
A boa notícia é que manter-se em movimento pode melhorar a saúde cardiovascular. Para o médico Evandro Tinoco, gerente Médico Cardiovascular do Complexo Hospitalar de Niterói é importante ter em mente que levantar e caminhar, mesmo que seja pela casa ou escritório, ajuda.
“Que a gente possa construir espaços para que as pessoas possam estar ou, sentadas e se exercitando com as pernas, ou poder ficar assistindo, em parte em pé, em parte sentado, exposições, por exemplo. E fazendo suas atividades com intervalos regulares em que a pessoa possa caminhar e gerar movimentação”, recomenda.
Para o especialista, também é importante ter um olhar atento para as crianças.
“A gente vive hoje uma epidemia de obesidade infantil. Crianças que ficam longos tempos também sentadas. A America Heart Association tem aquilo que são os elementos essenciais da boa saúde cardiovascular: que a gente deva evitar períodos prolongados de sedentarismo, seja no ambiente de trabalho, seja no ambiente de casa”.
Em março, pesquisadores australianos analisaram mais de 72 mil adultos com idade média de 61 anos. Eles observaram que aqueles que eram sedentários, mas passaram a dar pelo menos 4 mil passos ao dia, já observaram riscos menores de doenças do coração.
Um outro estudo, com 283 idosos, incentivou que os participantes ficassem menos tempo sentados ao longo do dia, do que de costume. Após 6 meses, sentar-se menos 30 minutos por dia já diminuiu a média na pressão arterial.
E a tecnologia pode ser um importante aliado. Dispositivos eletrônicos que contam passos, disponíveis em lojas de aplicativos para celular, fornecem informações capazes de ajudar a monitorar a atividade física diária.
Essa, inclusive, pode ser uma abordagem promissora para melhorar a saúde principalmente em idosos, pois é mais seguro, mesmo para pessoas que vivem com restrições, como dor crônica ou redução da função física.
