De acordo com o Daily Mail, os turistas foram raptados por vários agentes da polícia e levados para o que descrevem como uma “base militar” onde admitem terem sido torturados.
Os polícias terão batido violentamente no homem enquanto obrigavam a mulher a beber um “líquido preto” não identificável.
“Cerca de seis agentes acabaram por me bater, esmurrar e dar-me bofetadas na cabeça e na cara. Todos se revezavam. Levaram-me para um jardim das traseiras. Ainda estava algemado. Disseram-me para me pôr de joelhos”, disse a vítima citada pelo jornal.
“Pensei: ‘É agora, vou morrer’. O ambiente parecia de morte. Depois deram-me banho de água fria durante meia hora. Estava a tremer”, declarou.
O pesadelo começou a 11 de maio, um dia depois da chegada à Turquia, quando os dois decidiram regressar ao hotel depois de terem passado a tarde num bar de cocktails. No caminho, um homem tentou roubar a mala à mulher mas esta gritou com o suspeito e ele fugiu.
Minutos depois, um carro da polícia parou ao seu redor. Seis agentes saíram do carro e disseram ao casal que tinham de os acompanhar à esquadra.
Os turistas acreditam que o local era uma espécie de base militar, dada a distância a que o destino se encontrava da localização inicial. Quando chegaram, dizem terem sido imediatamente separados, colocados em quartos diferentes e torturados pelo grupo de polícias turcos.
Lavado com água fria com as mãos algemadas atrás das costas e depois deixado a tremer ao ar da noite, o homem horrorizado descreveu como ouviu os gritos da namorada noutro quarto quando estava a ser abusada sexualmente pelos guardas.
Mais tarde, o casal foi libertado mas privados de todos os seus bens, incluindo telemóveis e dinheiro, após um homem que os turistas descreveram como um “bom sargento” ter chegado e questionado os agentes do que se estava a passar.
Abalados pela experiência traumática, os turistas britânicos estavam desesperados por partir e, por isso, decidiram sair do hotel no dia seguinte e apanhar um voo de regresso ao Reino Unido. No entanto, quando se dirigiram ao balcão de check-out alguns dos agentes estavam à espera no átrio com uma postura intimidatória.
À chegada do aeroporto, o casal foi mandado parar por outro agente que lhes deu um telemóvel que estaria em chamada com os agressores. O casal foi ameaçado para ficar em silêncio. “Disseram-me: voltem para o vosso país. Se voltarem a falar da nossa polícia, vão ter problemas”.
“Foi a pior experiência da minha vida”, garante o homem.