O deputado federal Alexandre Ramagem é um dos alvos da Operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal, nesta quinta-feira (25).
A PF investiga uma organização criminosa que espionava de forma ilegal autoridades e outras pessoas “numa estrutura paralela” na Abin, a Agência Brasileira de Inteligência.
Alexandre Ramagem comandou a Agência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os policiais fizeram buscas no gabinete e no apartamento funcional da Câmara dos Deputados em Brasília.
A PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Brasília, um em Juiz de Fora e outro em São João Del Rei, em Minas Gerais, e mais um no Rio de Janeiro.
A ação inclui ainda o afastamento de sete policiais federais envolvidos no caso.
Segundo a PF, os suspeitos faziam o monitoramento usando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis, como celulares e tablets, sem autorização judicial.
Além disso, produziam informações para uso político e midiático, ganhos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal.
Os acusados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
A reportagem aguarda posicionamento da defesa do parlamentar do PL, Partido Liberal.
Pelas redes sociais, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que a operação da PF contra Ramagem é pura perseguição por causa de Bolsonaro e pode acabar elegendo Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro.
Valdemar Costa Neto afirmou ainda que esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional e Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, deveria reagir e tomar providências.