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Condenação de Trump por encobrir suborno a ex-atriz porno atira presidenciais de novembro para território desconhecido – Mundo

Condenação de Trump por encobrir suborno a ex-atriz porno atira presidenciais de novembro para território desconhecido – Mundo



Donald Trump garantiu esta sexta-feira que vai recorrer após ter sido condenado por um tribunal de júri por tentar encobrir o suborno à ex-atriz pornográfica Stormy Daniels. “Se podem fazer isto a mim, podem fazê-lo a qualquer pessoa”, acusou o ex-Presidente, que diz ser vítima de uma campanha política orquestrada por Joe Biden para o afastar das eleições presidenciais de novembro.A condenação de Trump por 34 crimes de falsificação de documentos e registos contabilísticos, para encobrir o pagamento de 130 mil dólares à ex-amante, abre um precedente histórico e atira as próximas presidenciais para território desconhecido numa América polarizada como nunca. Os analistas dividem-se sobre se a condenação irá prejudicar ou beneficiar Trump junto dos eleitores, com algumas sondagens a indicarem que parte do eleitorado republicano, principalmente os mais jovens e as mulheres, admite repensar o seu voto, muito embora os primeiros sinais após a condenação tenham sido de apoio e desafio, com a angariação de fundos para a campanha a bater todos os recordes nas horas seguintes a ser conhecido o veredicto.
Na quinta-feira, à saída do tribunal, Trump sublinhou que “o verdadeiro veredicto será dado no dia 5 de novembro”, quando os americanos forem chamados às urnas. “Este foi um julgamento manipulado. Tentámos mudar o tribunal para um local onde pudéssemos ter um julgamento justo, mas recusaram. Tentámos mudar o juiz para que não fosse tão tendencioso, mas recusaram. Nunca ninguém viu algo assim. Isto foi tudo arranjado por Biden e pela sua gente. O juiz estava completamente coordenado com a Casa Branca e o Departamento de Justiça”, acusou esta sexta-feira em conferência de imprensa.A sentença só será conhecida no dia 11 de julho. Trump arrisca uma pena máxima de quatro anos de cadeia, mas é pouco provável que seja condenado a prisão efetiva por se tratar de um crime menor, por não ter antecedentes e por causa da sua idade avançada (77 anos). O mais provável é que seja condenado a pena suspensa e a uma multa avultada. Só depois de conhecer a sentença é que o ex-Presidente poderá recorrer, o que torna pouco provável que exista uma decisão definitiva antes das eleições.

E TAMBÉM
“NINGUÉM ACIMA DA LEI”
O Presidente Joe Biden disse esta sexta-feira que a condenação de Trump mostra que “ninguém está acima da Lei”. “Donald Trump teve oportunidade de se defender em tribunal”, frisou Biden, rejeitando as acusações de perseguição política. “Só existe uma forma de manter Trump fora da Sala Oval: através das urnas.”

Outros julgamentos
Trump enfrenta outros três julgamentos: por tentar manipular as eleições, interferência eleitoral na Georgia e desvio de documentos classificados.

TESTEMUNHO ‘PICANTE’
A ex-atriz contou em tribunal que conheceu Trump num torneio de golfe em 2006 e que ele a convidou para jantar na sua suíte. Estava vestido com um pijama de seda, disse-lhe que lhe fazia lembra a filha e pediu-lhe para lhe bater com uma revista. Quando saiu do WC Trump estava de cuecas em cima da cama e acabaram por ter relações sexuais.

E AGORA?
Trump pode ser preso?
É pouco provável, dada a sua idade avançada, a falta de antecedentes penais e o facto de a falsificação de documentos ser considerada um crime menor. O mais provável é que seja multado.



Pode recorrer?
Após conhecida a sentença, a 11 de julho, os advogados do ex-Presidente têm 30 dias para comunicar a intenção de recorrer e mais seis meses para apresentar um recurso formal. Caso pode ir até ao Supremo.

Pode fazer campanha e ser eleito?
Nada na Constituição dos EUA impede um condenado de concorrer às presidenciais e ser eleito. No limite, Trump pode ser eleito Presidente mesmo que esteja preso.

Pode perdoar-se a si próprio?
Se for eleito, Trump pode anular os dois casos em que é acusado na Justiça Federal (ingerência eleitoral e documentos desviados), mas não terá poder para fechar o caso da Georgia ou o caso Stormy Daniels, que decorrem ao nível estadual.





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