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PS/Açores quer ouvir Governo sobre “descalabro operacional” no grupo SATA – Política

PS/Açores quer ouvir Governo sobre “descalabro operacional” no grupo SATA – Política



O PS/Açores vai chamar ao parlamento a secretária regional do Turismo e Mobilidade e o vogal executivo da SATA, alegando que o Governo “deve prestar contas” pelo “descalabro operacional provocado no grupo” de aviação, revelou esta segunda-feira o partido.

“Não podemos perder mais tempo e por isso o grupo parlamentar do PS/Açores vai promover um debate de urgência e requerer, com urgência, a audição da sra. secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, e do vogal executivo da SATA, ainda em funções, para prestarem esclarecimentos”, justifica o vice-presidente da bancada socialista, Carlos Silva, citado numa nota de imprensa.

Segundo o deputado socialista, nas últimas semanas tem-se assistido “a um total descalabro operacional” no grupo de aviação público açoriano, com “reclamações dos passageiros sobre longos atrasos nas ligações” e sobre “recorrentes cancelamentos dos voos e alterações dos horários em cima da hora”.

“Há aeronaves paradas e em manutenção desde o ano passado e outras com casas de banho avariadas há semanas e os passageiros ficam impedidos de as frequentar”, acrescenta o deputado do PS/Açores, Carlos Silva.

Além disso, “ficámos a saber, pela comunicação social, que a Sata está a recorrer, de forma significativa, a ACMIs (alugueres de aeronaves com tripulação), em cima da hora, incluindo dois aviões do tipo A330 (equivalentes ao “cachalote”) e agora vai utilizar uma aeronave do tipo A320, com quase 200 lugares, para fazer voos interilhas”, denuncia ainda.

Para os deputados socialistas no parlamento açoriano, estas “medidas de desespero” são “reveladoras de um absoluto caos operacional” no grupo Sata, “com o alto patrocínio do Governo Regional de José Manuel Bolieiro, que permanece em silêncio”.

Os socialistas criticam a ação do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) numa empresa estratégica como a SATA, que passa por “um processo de reestruturação, por dificuldades financeiras e operacionais”, lamentando que o grupo de aviação esteja “em autogestão há dois meses” e o executivo “não consiga encontrar uma administração”.

“Já todos percebemos, a começar pelos trabalhadores da companhia aérea, que a incúria e desmazelo deste Governo no tratamento do grupo SATA, seja na atempada nomeação de responsáveis, seja no atabalhoado concurso de privatização que borregou, leva a que cada vez resulte evidente que, ao contrário do que o Governo disse, não só não está a salvar a Azores Airlines como está a desgraçar a SATA Air Açores”, vinca Carlos Silva, no mesmo comunicado.

Em 02 de maio, o Governo dos Açores cancelou o concurso de privatização da companhia aérea Azores Airlines, do grupo SATA, anunciando a intenção de lançar um novo procedimento.

O executivo açoriano alegou que a companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do processo e vale agora 20 milhões.

Em 15 de maio, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores esclareceu que o conselho de administração da companhia aérea “está em pleno funcionamento” e com profissionais “habilitados a conduzir os destinos da empresa”.

Questionada sobre a nomeação da nova presidência do grupo de aviação público açoriano, a governante afirmou: “Ainda não está na altura de anunciar se temos”.

“O conselho de administração da SATA está em pleno funcionamento. Nós não temos que nos preocupar excessivamente com isso. Obviamente que queremos um presidente da SATA que tenha experiência e que consiga conduzir o novo processo de privatização, que obrigatoriamente temos que abrir por imposição da União Europeia”, sustentou na ocasião a secretária regional.

Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).





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