Revolta por falta de resposta da Saúde Pública, que alega ter muitos pedidos e poucos recursos.
Tiago Virgílio Pereira
01:30
Aos três anos, Carlos Miguel Costa foi diagnosticado com autismo. Hoje, com 19, não consegue obter o atestado multiúsos porque está à espera, há quase dois anos, que o convoquem para uma junta médica que avalie e atribua uma percentagem da sua incapacidade.Com o atestado, o jovem, que terminou o curso de Multimédia do 12.º ano, na Escola Secundária Emídio Navarro, em Viseu, assim como toda a família, iria favorecer da isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, benefícios fiscais, atendimento prioritário, assim como proteção e apoios sociais. “Temos uma série de direitos que nos estão a ser roubados pelo Estado. É uma vergonha! Durante anos, todos omitiram que podíamos obter o atestado multiúsos, até parece que fazem de propósito. Pedimo-lo em setembro de 2022, e até agora não temos resposta”, diz o pai, Carlos Costa. “Devido ao grande aumento de pedidos, e ao elevado número de processos pendentes, nem sempre tem sido possível dar resposta atempada às solicitações, dado que os escassos recursos necessitam de assegurar várias tarefas”, defende-se a Saúde Pública.
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