Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Ministro das Relações Exteriores defende fim da guerra na Ucrânia e criação do Estado palestino – Notícias

Ministro das Relações Exteriores defende fim da guerra na Ucrânia e criação do Estado palestino – Notícias


19/06/2024 – 20:32  

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Mauro Vieira (E) participou da reunião nesta quarta-feira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil tem feito o que é possível para o fim da guerra na Ucrânia. Ele também defendeu a criação do Estado da Palestina e afirmou que o Brasil terá papel destacado na Conferência do Clima, a COP-30.

O ministro falou sobre as ações de seu ministério nesta quarta-feira (19) na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Guerra na Ucrânia
Em resposta ao deputado Claudio Cajado (PP-BA), Mauro Vieira falou da posição do Brasil sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. “O presidente Lula condenou a invasão, mas também diz ser chegado o momento para se poder, então, sentar e começar uma negociação, um espaço de conversas. Lula se encontrou com o presidente da Ucrânia, eu me encontrei com o ministro do Exterior. Foram vários os contatos telefônicos. Fazemos, evidentemente, o que está no alcance e o que o espaço diplomático permite”, afirmou.

O deputado Cajado é presidente da União Interparlamentar, organização que reúne mais de 170 Parlamentos no mundo, e afirmou ter sido questionado por parlamentares ucranianos sobre o posicionamento do Brasil em relação à guerra.

COP-30
Sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (a COP-30), o ministro das Relações Exteriores afirmou que o Brasil terá papel destacado. “Estamos trabalhando para que a COP-30 seja o momento de revisão das posições e contribuições determinadas de cada país para a questão sobre reduzir o aquecimento global ou manter o aumento da temperatura global em, no máximo, 1,5%.”

O deputado Ricardo Salles (PL-SP) lembrou ao ministro que há discrepância entre as contribuições dadas pelos diferentes países pelo fim das emissões de carbono. Ele argumentou que o Brasil não tem responsabilidade histórica pelo lançamento de gases do efeito estufa, pois só veio a se industrializar na década de 40 do século passado.

“Dos 100% de emissões globais, 30% são de responsabilidade da China. Os EUA são 18%, Europa é 17%, 16%. Índia 7% e a Rússia 5%. O Brasil é apenas 2,8% das emissões globais. Fomos com grandes países para rachar uma conta que não era nossa. A conta dos problemas climáticos e acúmulo de gases de efeito estufa, histórico e presente, é uma conta dos países ricos, não de desenvolvimento”, disse Salles.

Em resposta, o ministro Mauro Vieira disse que a posição do deputado é a mesma do governo. “(Sabemos que) os responsáveis pela poluição, pelo desmatamento e pelo aquecimento global são os países industrializados, e que eles se comprometeram, na COP de Paris, como o senhor bem mencionou e se lembra, a uma contribuição de 100 bilhões de dólares que nunca apareceu. Essa é uma posição muito clara do presidente, que não se cansa de dizer isso em todos os foros e em todas as reuniões que vai, e muitas vezes é criticado até na imprensa, que diz que ele está se opondo e confrontando países, mas está no fundo defendendo a posição brasileira.”

Israel
O deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA) questionou o ministro sobre a retirada do embaixador brasileiro de Israel. Mauro Vieira respondeu que as relações com Israel continuam por meio de um encarregado de negócios e que foi inviável manter o embaixador.

“Isso em nada complicou ou dificultou o diálogo. Temos um competente encarregado de negócios que continua, portanto, mantendo assuntos de Estado levando adiante. Um novo embaixador terá em momento adequado”, explicou.

G20
O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), um dos parlamentares que pediu a audiência com o ministro das Relações Exteriores, ressaltou que, neste ano, o Brasil preside o G20, uma oportunidade para o País contribuir com as reformas nos organismos multilaterais.

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Ana Chalub



Link da fonte aqui!