Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

TCU alerta Ministério da Fazenda sobre risco de descumprimento da meta fiscal devido à baixa arrecadação no Carf

TCU alerta Ministério da Fazenda sobre risco de descumprimento da meta fiscal devido à baixa arrecadação no Carf


O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, nesta quarta-feira (18), um alerta ao Ministério da Fazenda sobre o risco de não cumprimento da meta fiscal de 2024, devido à baixa arrecadação gerada pelo voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Esse mecanismo, que favorece a Fazenda em situações de empate, foi apontado como um dos fatores que podem comprometer a meta fiscal projetada.

O ministro Jhonatan de Jesus, relator do processo, destacou que a área técnica do TCU identificou risco de frustração na receita primária com o retorno do voto de desempate no Carf. Entre janeiro e julho de 2024, a arrecadação foi de apenas R$ 83,35 milhões, correspondendo a 0,22% da previsão inicial de R$ 54,7 bilhões, projetada pelo governo para este ano.

O relatório bimestral do governo de julho já revisou a previsão de arrecadação para R$ 37,7 bilhões, o que ainda representa uma diferença significativa em relação ao montante efetivamente arrecadado até agora. O TCU apontou que o governo está focado no limite inferior da meta fiscal, que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões, e qualquer frustração na arrecadação pode colocar em risco o cumprimento da meta, como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Jhonatan de Jesus também ressaltou que o retorno do voto de qualidade no Carf levou inicialmente à projeção otimista de arrecadar R$ 54,7 bilhões, mas essa expectativa foi reduzida à medida que as avaliações mais realistas foram feitas. A preocupação, agora, é que a arrecadação esteja longe da previsão, o que pode impactar diretamente o equilíbrio fiscal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compareceu voluntariamente ao TCU no dia 11 de setembro para discutir as preocupações em torno da arrecadação e garantiu que o governo tomaria medidas compensatórias. Haddad destacou que a meta fiscal poderia ser alcançada com ajustes como o fim da desoneração da folha de pagamentos e a utilização de dividendos extraordinários de estatais, como o BNDES, estimados em R$ 10 bilhões para este ano.

Haddad também mencionou que reformas estruturais planejadas pelo governo poderiam gerar entre R$ 15 bilhões e R$ 28 bilhões em 2024, ajudando a fechar a meta fiscal. Além disso, a distribuição de dividendos de empresas como o BNDES e a Petrobras poderia ser aumentada sem comprometer os investimentos.

A área técnica do TCU levantou dúvidas sobre as premissas adotadas pelo Ministério da Fazenda para justificar a arrecadação prevista de R$ 54 bilhões com o Carf. A expectativa de que 90% dos contribuintes derrotados no Carf optassem por acordos com o governo, em vez de recorrer ao Judiciário, foi considerada otimista demais. Caso a adesão real seja menor, como 75%, a perda de arrecadação poderia chegar a R$ 5,7 bilhões.

Outro ponto de preocupação foi a possibilidade de contribuintes utilizarem créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para quitar seus débitos com a Fazenda, o que poderia atrasar o impacto dessas medidas no resultado primário.



Link da fonte aqui!

Portal de Notícias da Paraíba, Nordeste e Brasil
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.