Um incêndio destruiu a sala da Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal (STF), no Anexo 2A, em Brasília, na noite desta segunda-feira (21/10). O incidente ocorreu durante uma audiência remota que apurava o envolvimento de supostos mandantes no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
O juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Airton Vieira, que conduzia a sessão, relatou que precisou sair correndo do tribunal quando o fogo começou. O advogado Márcio Gesteira Palma, defensor do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, preso em Porto Velho, comentou que a audiência virtual ficou aberta enquanto todos tentavam lidar com a emergência: “Depois eu vi que o STF tinha pegado fogo”, disse.
Apesar do susto, não houve feridos, segundo o juiz Airton Vieira, que finalizou a audiência na terça-feira, dia 22/10, remotamente. “Graças a Deus, ninguém se feriu. Ficou tudo resolvido”, completou o magistrado.
Na manhã desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal vistoriou a área atingida e colheu materiais para análise pericial. A expectativa é que o laudo oficial seja entregue ao STF em até 30 dias. No local, cadeiras, mesas e sofás foram cobertos por cinzas, e as janelas e o carpete também ficaram danificados.
Cinco funcionários do setor técnico do STF, que trabalhavam na sala destruída, foram realocados para outros setores. A área atingida segue interditada enquanto se aguarda o laudo para determinar as causas do incêndio.
