O ditador venezuelano Nicolás Maduro surpreendeu ao parabenizar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em um discurso na quarta-feira, 6. No pronunciamento, Maduro expressou desejo de um “novo começo” nas relações com o governo americano, que, sob a liderança de Trump entre 2017 e 2020, aplicou sanções rigorosas contra a ditadura venezuelana, especialmente após as eleições de 2018, marcadas por denúncias de fraude.
Maduro afirmou: “Não fomos bem na primeira administração do presidente reeleito Donald Trump. É um novo começo para apostarmos em uma vitória para todos”. Ele também desejou “sorte” e “boa saúde” a Trump e reforçou sua disposição para relações positivas com os Estados Unidos.
O tom conciliador de Maduro contrasta com seu histórico de críticas aos EUA e ao liberalismo global, que acusa de sabotar a economia venezuelana. A reeleição de Maduro, em julho, não é reconhecida pela maioria das democracias, devido a fraudes identificadas por organismos internacionais. Governos, incluindo o de Joe Biden, reconhecem Edmundo González — atualmente exilado na Espanha — como presidente legítimo da Venezuela.
Em 2019, Maduro rompeu relações com os EUA após sanções impostas por Trump à indústria petrolífera. Durante o governo Biden, algumas restrições foram aliviadas, mas foram restauradas em 2024, após promessas não cumpridas de eleições livres e a intensificação de perseguições a opositores. A postura de Trump em relação ao governo venezuelano deve permanecer rigorosa, como em seu primeiro governo.
