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PT protocola pedido de arquivamento do projeto que propõe anistia a condenados por Atos de 8 de Janeiro

PT protocola pedido de arquivamento do projeto que propõe anistia a condenados por Atos de 8 de Janeiro


A deputada Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), protocolou nesta quinta-feira (21) um requerimento junto ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pedindo o arquivamento do projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O partido argumenta que a medida busca “descriminalizar atentados contra a democracia” e representa um risco à estabilidade institucional do país.

O documento, assinado também pelo líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), considera a tramitação do projeto “inoportuna” e “inconveniente”, alertando para suas possíveis consequências negativas. O partido destacou que a proposta pode encorajar novos ataques às instituições democráticas.

Em nota, o PT mencionou episódios recentes, como o atentado a bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e planos de assassinato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, como fatores que tornam ainda mais preocupante a possibilidade de anistiar os envolvidos.

O requerimento também cita o caso de um homem que tentou atacar Alexandre de Moraes na Praça dos Três Poderes e acabou cometendo suicídio, afirmando que a aprovação do projeto poderia intensificar ações extremistas.

“O avanço dessa proposição não representa nenhum benefício para o povo brasileiro e apenas reforça o erro de ignorar os atentados contra nossa democracia”, declarou Gleisi Hoffmann no documento.

A anistia é defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas o PT considera que a medida deslegitima as punições aplicadas e ameaça a segurança democrática do país. A solicitação do partido reforça sua posição de que a democracia não pode tolerar ações que busquem relativizar ataques às instituições e à ordem democrática.

O pedido agora aguarda análise do presidente da Câmara, Arthur Lira, em um cenário de tensões políticas e polarização no Congresso.



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