A sucessão no comando do Partido dos Trabalhadores (PT) tem gerado disputas internas e colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no centro de uma cobrança direta de lideranças petistas. Durante uma reunião na semana passada, no apartamento da atual presidente do partido, Gleisi Hoffmann, Lula foi questionado sobre seu apoio à candidatura do ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, à presidência da sigla.
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Segundo fontes do partido, a tesoureira nacional do PT, Gleide Andrade, aliada de Gleisi, fez uma das intervenções mais incisivas no encontro. Ela teria questionado a decisão de Lula de apoiar um nome que representa uma ala divergente dentro da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Gleisi e Edinho, mas que defende posturas distintas.
Nos bastidores, a disputa se intensificou porque Edinho Silva é visto como um nome que poderia conduzir o PT para uma linha mais próxima ao centro, enquanto Gleisi e seu grupo defendem a manutenção da atual estratégia política. Além disso, Gleide teria manifestado preocupação com o fato de Lula apoiar um adversário político direto de uma ministra recém-indicada pelo próprio presidente – uma referência a Gleisi, que assumiu recentemente o Ministério das Relações Institucionais.
Aliados de Gleide Andrade argumentam que sua resistência à candidatura de Edinho se baseia em discordâncias ideológicas dentro da CNB. Já aliados do ex-prefeito sustentam que Gleide se opõe à candidatura por temer perder seu cargo como tesoureira nacional, uma vez que Edinho já teria indicado que pretende substituí-la caso vença a eleição partidária, marcada para julho.