A Câmara dos Deputados instalou, nesta quarta-feira (19), as 30 comissões permanentes, consolidando acordos entre governistas e oposicionistas. Após impasses, especialmente envolvendo o PL, a distribuição dos colegiados foi definida na véspera, com o União Brasil assumindo a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. O colegiado será presidido por Paulo Azi (BA), seguindo o rodízio acordado desde 2023.
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A definição das comissões foi articulada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que mediou reuniões ao longo da terça-feira (18). Governistas e oposicionistas saíram satisfeitos com o desfecho, garantindo espaço para suas pautas.
O PL assegurou o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), inicialmente pleiteada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Com a licença do deputado para permanecer nos Estados Unidos, o cargo ficou com Filipe Barros (PL-PR), que promete manter contato direto com Eduardo e dar respaldo institucional às suas articulações internacionais.
O partido também assumiu a Comissão de Saúde, que tem a maior verba destinada por meio de emendas parlamentares. Essa escolha foi uma orientação direta do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, como antecipado pelo Poder360.
A definição da Comissão de Segurança Pública gerou um racha interno no PL. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi escolhido após um impasse com Coronel Meira (PL-PE), que tinha apoio para vencer uma disputa interna. Apesar da resistência, Meira acabou cedendo, possivelmente assumindo a vice-presidência da comissão.
O governo também saiu fortalecido, garantindo o comando de Finanças e Tributação e Fiscalização Financeira e Controle, ambas consideradas estratégicas pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
A Comissão de Finanças e Tributação será presidida por Rogério Correia (PT-MG), enquanto João Carlos Bacelar (PV-BA) assumirá Fiscalização Financeira e Controle. Essas comissões têm a prerrogativa de convocar ministros e acompanhar gastos do governo, o que fez com que o PT priorizasse essas escolhas.
Distribuição das principais comissões:
- CCJ (Comissão de Constituição e Justiça): Paulo Azi (União Brasil-BA)
- CREDN (Relações Exteriores e Defesa Nacional): Filipe Barros (PL-PR)
- Comissão de Saúde: PL
- Comissão de Segurança Pública: Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Finanças e Tributação: Rogério Correia (PT-MG)
- Fiscalização Financeira e Controle: João Carlos Bacelar (PV-BA)
Ainda falta definir os presidentes das Comissões de Administração e Serviço Público (Avante) e Desenvolvimento Urbano (MDB).