O governo Lula recusou uma oferta de ajuda do Uruguai destinada ao resgate das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A oferta, que incluía duas lanchas motorizadas, dois drones e um avião de transporte Lockheed KC-130 H Hercules, foi dispensada com a justificativa de que os equipamentos não eram necessários no momento, segundo o governo brasileiro.
A proposta uruguaia foi inicialmente solicitada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que buscou auxílio externo para enfrentar a crise desencadeada pelas enchentes. De acordo com José Henrique Medeiros Pires, secretário-executivo do governo gaúcho, “o comando (operacional) no Rio Grande do Sul achou que não era necessário”, conforme informações divulgadas pela Folha de São Paulo.
A recusa foi justificada pelo Ministério da Defesa brasileiro, citando restrições de pistas disponíveis para pouso em Porto Alegre e destacando que o Brasil já possui uma aeronave KC-390, capaz de operar em pistas menores e transportar cargas maiores. No entanto, Pires argumentou que outros aeroportos no estado poderiam receber a aeronave uruguaia.
Durante uma audiência no Senado, Pires discutiu a oferta uruguaia e solicitou agilidade da Agência Brasileira de Cooperação para autorizar a entrada das lanchas no país.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina ofereceu significativo apoio logístico, incluindo uma brigada de 20 militares e cães da Polícia Federal Argentina, especialistas em assistência humanitária, um avião para transporte de pessoas ou cargas, três helicópteros para evacuação de áreas afetadas, uma equipe móvel de saúde, mergulhadores táticos da Marinha e engenheiros de barco, além de pastilhas para purificação de água.