O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, declarou aos participantes da Parada LGBT+ que foram à Avenida Paulista neste domingo (2) para “proteger as famílias”. Em seu discurso, Almeida ressaltou a importância de garantir segurança e dignidade para todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero.
“Estamos aqui, ao contrário do que dizem, para proteger as famílias. Eu não quero que nenhuma mãe tenha que chorar a morte de um filho. Eu não quero que nenhum pai tenha que chorar a morte do seu filho. Quero que todas as mães e os pais possam saber que seus filhos, independente de quem eles sejam, de como eles quiserem amar, que eles vão voltar pra casa vivos. Vão ter uma vida digna, vão ser respeitados”, afirmou o ministro durante sua fala em um dos trios elétricos do evento.
Com o tema político-eleitoral “basta de negligência e retrocesso legislativo” e “voto consciente por direitos da população LGBT+”, a Parada deste ano também tentou a ‘reapropriação’ das cores da bandeira do Brasil, tradicionalmente associadas aos conservadores nos últimos anos. O evento reuniu milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo na região central de São Paulo.
A defesa da família é frequentemente usada por grupos políticos conservadores e lideranças religiosas para atacar direitos da população LGBT+, como o casamento homoafetivo. A fala de Silvio Almeida contrasta com essa visão, destacando que proteger as famílias significa garantir que todos os filhos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero, possam viver com dignidade e respeito.
