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Inflação de 2024 ultrapassa meta, puxada por alimentos, combustíveis e saúde

Inflação de 2024 ultrapassa meta, puxada por alimentos, combustíveis e saúde


A inflação oficial do Brasil encerrou 2024 em 4,83%, ultrapassando o teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os dados, divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a alta foi impulsionada principalmente pelos grupos Alimentação e Bebidas, Transportes e Saúde e Cuidados Pessoais, que juntos responderam por 65% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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O resultado confirma o descumprimento da meta inflacionária, algo que já havia sido previsto pelo Banco Central (BC) em dezembro, com probabilidade de 100% de estouro. Agora, a autoridade monetária será obrigada a justificar as razões em uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Alimentos disparam e lideram alta

O maior impacto veio do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% e contribuiu com 1,63 ponto percentual no IPCA. Os preços da alimentação no domicílio subiram 8,23%, puxados por aumentos expressivos em itens básicos:

  • Carnes: +20,84%;
  • Café moído: +39,60%;
  • Leite longa vida: +18,83%;
  • Frutas: +12,12%.

Além disso, a alimentação fora do domicílio subiu 6,29%, com alta de 5,70% na refeição e de 7,56% no lanche.

A persistência da alta nos preços de alimentos ao longo do ano, causada por custos de produção elevados e impactos climáticos, foi apontada pelo IBGE como um dos principais fatores para o avanço da inflação.

O grupo Transportes acumulou alta de 3,30%, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços dos combustíveis. A gasolina subiu 9,71%, enquanto o etanol registrou alta de 17,58%. Esses reajustes refletem a elevação dos preços internacionais do petróleo e a volatilidade cambial no Brasil.

Itens relacionados à manutenção de veículos também tiveram aumentos significativos, como o conserto de automóveis (+5,88%) e os automóveis novos (+2,85%).

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais (+6,09%), os destaques foram os planos de saúde, que subiram 7,87%, e os produtos farmacêuticos, com alta de 5,95%. Esses reajustes refletem as mudanças regulatórias da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o aumento nos preços de medicamentos autorizado em março de 2024.

Produtos de higiene pessoal, como sabonetes e cremes dentais, também subiram, acumulando alta de 4,22%.

Entre as regiões, São Luís (+6,51%) liderou a alta inflacionária, pressionada por aumentos na gasolina (+14,24%) e nas carnes (+16,01%). Em contraste, Porto Alegre registrou o menor índice (+3,57%), beneficiada por quedas em itens como cebola (-42,47%) e tomate (-38,58%).

Apesar de manter a taxa Selic em 12,25% ao longo do ano para conter a inflação, o Banco Central enfrentou dificuldades diante das pressões nos preços de alimentos, combustíveis e serviços essenciais. Essas altas foram alimentadas por fatores internos, como os custos de produção, e externos, como a oscilação dos preços globais de energia.

Em carta a ser divulgada hoje, o BC deverá detalhar as razões do descumprimento e as medidas planejadas para reconduzir a inflação à meta.



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