A história foi comunicada pelo próprio organismo chinês numa publicação nas redes sociais, em que foi elogiado o comportamento do homem. “Se alguém com segundas intenções comprasse (os livros), as consequências seriam inimagináveis”, lê-se na publicação. Não foi revelado, contudo, que tipo de documentos foram encontrados por Zhang.
A compra foi feita a vizinhos que estavam vender objetos em segunda mão na rua, depois de o homem ver dois sacos de livros que estavam a ser “descartados” por apenas 6 yuan, que equivale a cerca de 77 cêntimos.
Após Zhang reportar a situação, agentes de segurança deslocaram-se até ao local de venda dos produtos e apreenderam outros livros que incluíam também informações confidenciais. Depois de realizarem uma investigação, descobriram que dois ex-militares venderam mais de 200 livros militares de cerca de 30 quilogramas no total a um centro de reciclagem por apenas 20 yuan (cerca de 2,86 euros).
A Associated Press escreve que as empresas de consultoria chinesas e estrangeiras, que “possuem ou partilham informações sobre a economia” devido ao “aparente alargamento da definição de segredo de estado nos últimos anos”, foram colocadas sob investigação. “A opacidade dos órgãos de segurança de Estado e do sistema jurídico da China torna muitas vezes difícil de saber o que é considerado um segredo de estado”, refere ainda a agência.